Saiba o que são livros apócrifos

A Bíblia é o livro mais lido no mundo e inspirado por Deus. Essa pequena biblioteca, composta por 66 livros, narra acontecimentos, promessas e profecias que apontam para a vinda de Jesus e o estabelecimento de seu Reino perfeito.

Porém, existem outros escritos que se dizem inspirados, mas que possuem grandes discrepâncias com os textos que são aceitos, são chamados de livros apócrifos.

O que são os livros apócrifos?

Também conhecido como Pseudocanônicos, são escritos da época do Antigo e do Novo Testamento, que não foram considerados inspirados por Deus por possuírem diversas discrepâncias em relação aos textos bíblicos que conhecemos hoje.

O Novo Testamento é composto por 27 livros, mas alguns textos escritos anos depois dos acontecimentos do primeiro século, foram excluídos da Bíblia.

O mundo se interessa pela vida de Jesus, desde que Ele morreu e ressuscitou. Por isso, muitos evangelhos foram escritos na intenção de contar histórias sobre Jesus e seus apóstolos.

Um desses livros é o Evangelho da infância de Tiago, que descreve a importância de Maria para os primeiros cristãos. Nessa obra encontram-se relatos do nascimento, adolescência e os primeiros anos de vida de Jesus.

Vendo assim, esse livro parece inofensivo e até esclarece dúvidas que temos sobre essa fase da vida de Jesus, porém, houve uma razão para ele não ser considerado um livro inspirado: o fato de relatar momentos da vida de Jesus de uma maneira totalmente diferente dos outros evangelhos.

Por exemplo: os quatro evangelhos que estão na Bíblia (Mateus, Marcos, Lucas e João), relatam que o nascimento de Jesus aconteceu no campo, em Belém, num local onde ficava os animais de uma estalagem e Jesus foi posto numa manjedoura. Já no evangelho da infância de Tiago, relata que Jesus nasceu numa caverna.

Outro ponto que foi considerado, é que o autor desse livro demonstra uma relativa falta de conhecimento dos costumes judaicos, o que não faz sentido, pois, se de fato esse livro tivesse sido escrito por Tiago Maior ou Tiago irmão de Jesus, sendo judeus genuínos, saberiam detalhes de sua própria cultura.

Outro livro que foi excluído do cânon oficial, foi o Apocalipse de Pedro. Nesse livro é descrito as coisas horríveis que acontecem no inferno e as maravilhas que acontecem no céu.

Em Apocalipse de Pedro é descrita a punição de cada pecado, como aqueles que blasfemam que são pendurados pela língua; os adúlteros que são pendurados pelos cabelos ou pés sobre um brejo borbulhante; já os assassinos, são jogados em poços cheios de cobras venenosas.

O livro não foi aceito, pois, foi escrito um século depois que o apóstolo Pedro viveu. Sendo assim, apesar de levar seu nome, é improvável que ele o tenha escrito. Outra razão para o livro não ser aceito é porque possui diversas discrepâncias com os textos sagrados.

Clicando aqui, você poderá ver com detalhes, quais são os livros apócrifos. Os livros que foram aceitos, passaram por uma série de avaliações para atestar sua originalidade e veracidade.

Como saber se os livros que estão na Bíblia hoje, realmente são inspirados por Deus?

O primeiro ponto a se destacar, é que nos dias de Jesus, o Antigo Testamento já existia e era completo. Em Lucas, capítulo 24 e verso 27, vemos Jesus explicando o que os profetas, desde Moisés, haviam escrito a respeito dele.

O povo judeu tinha o hábito de passar de geração em geração os ensinos que eram importantes, por essa razão, podemos afirmar que o Antigo Testamento foi preservado, e cada livro ali presente é de fato inspirado por Deus.

Já na época do Novo Testamento, muita literatura foi produzida, e o que se levou em consideração foram os escritos dos apóstolos que haviam convivido com Jesus.

Em 2 Pedro, capítulo 3, versos 15 e 16, vemos o apóstolo Pedro afirmando que as cartas de Paulo foram escritas com sabedoria e que elas tinham a mesma importância que outros textos sagrados.

A verdade é que toda a Bíblia se confirma. O Antigo Testamento mostra tradições que apontam para a vinda do Messias, e que tudo foi cumprido com a morte e ressurreição de Jesus.

A Bíblia possui 66 livros, escritos em diferentes momentos das histórias, por diversos autores diferentes, mas que falam de um único tema, o plano salvífico de Deus para redimir a humanidade e reconectá-la com o seu Criador.

Como garantir que não mudaram a Bíblia ao longo dos anos?

Há muitas pessoas que afirmam que os textos Bíblicos foram alterados ao longo do tempo, mas algumas evidências comprovam que isso não aconteceu.

Uma ciência chamada Papirologia, garante a veracidade dos textos bíblicos, atestando 99% de originalidade. O 1% que fica de fora, são de palavras que, por serem muito semelhantes, acabaram sendo copiadas de forma errada, mas essas palavras não afetam em nada a verdade descrita nos livros, e as próprias editoras que publicam a Bíblia deixam notas explicando o possível erro do copista.

Algumas pessoas dizem que os livros possuem contradições, como em um evangelho estar escrito que Jesus curou dois cegos e em outro estar escrito que Ele curou apenas um.

Isso é facilmente explicado pelo simples fato de a história de Jesus ter tido mais de um espectador. As pessoas não enxergam as situações com os mesmos detalhes, uma pessoa sempre vai prestar mais atenção em uma coisa e outra em outro detalhe. As “contradições” são, na verdade, o que atestam a veracidade das escrituras.

Se as escrituras tivessem sido alteradas, essas “contradições” não existiriam, pois certamente teriam o cuidado de não deixar nenhuma discrepância nos textos.

Outro ponto que prova que a Bíblia não foi alterada pela igreja católica, como alguns afirmam, é que a igreja não mudou alguns mandamentos que seriam favoráveis a seus dogmas. Na Igreja Católica se consagra o domingo a Deus, mas na Bíblia segue mostrando que os judeus guardavam o sábado.

Sendo assim, o texto que temos em mãos hoje é confiável, inspirado e verdadeiro. E se gostou desse tema, clique aqui e veja mais sobre outros temas abençoados.

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