Como adultos, já possuímos a capacidade de identificar muito bem o que são ídolos falsos. Assim, sempre que percebemos que algo ou alguém tem tirado o nosso foco, ou tomado um espaço em nosso coração que antes era ocupado pelo Senhor, um sinal de alerta se acende, nos mostrando que é hora de dobrar os joelhos e dar um passo atrás.
No entanto, essa percepção não é tão simples para as crianças. Afinal, a infância é também um período de fantasia, onde a imaginação alcança um alto patamar, e onde somos capazes de sonhar mais que o normal. Assim, os pequenos acabam se apegando a coisas mundanas rapidamente.
Se você se preocupa com esses sentimentos em seus filhos ou nas crianças que te rodeiam, confira este conteúdo especial e saiba como você pode orientá-las, ajudando-as a identificar quando algo está se tornando um ídolo nas suas vidas.
O que é a idolatria?
Quando pensamos em como a Bíblia descreve a idolatria, parece muito simples identificá-la, não é mesmo? Bem, basicamente, estamos falando de não se curvar a estátuas de ouro e não adorar falsos deuses em seus altares. Fim.
Na verdade, há mais para se pensar sobre o assunto. Afinal, a idolatria ainda está viva (e bem viva) em nosso mundo. Infelizmente, ela se disfarça tão bem que muitas vezes nem percebemos que estamos participando dela. Então, como perceber que ela está tomando as nossas vidas?
O famoso pastor e teólogo americano John Piper tem uma boa sugestão para isso:
“Começa no coração: desejar, querer, desfrutar, ser satisfeito por qualquer coisa que você valoriza mais do que Deus. Isso é um ídolo. Paulo chama isso de cobiça – um amor ou desejo desordenado, amando mais do que Deus o que deveria ser amado menos do que Deus”.
Ficou mais fácil de entender agora?
Idolatrar algo ou alguém também é um pecado
Em 1 João, capítulo 5, versículo 21, lemos exatamente o que devemos fazer como cristãos quando o assunto é idolatria:
“Filhinhos, guardai-vos dos ídolos. Amém”.
Se observarmos bem, poderemos concluir que a idolatria é o pecado mais difundido e contagioso ao longo da história humana, e a única esperança que temos de nos livrar dele é estarmos em Jesus Cristo.
Isso porque, a idolatria não é um pecado como os outros. Ele é um dos mais antigos pecados do mundo, herdado através dos tempos por todas as pessoas, originando-se com Adão e alcançando todas as crianças, no mundo todo.
Aliás, não há problema com o qual a Bíblia lide com mais frequência do que a idolatria. Então, isso não é um assunto pequeno e insignificante para Deus. Imagine então, quando o foco desta idolatria são os pequeninos, amados pelo Senhor.
Como as crianças podem identificar seus falsos ídolos?
Como falamos anteriormente, as crianças precisam de nossa ajuda para identificar ídolos falsos e tirá-los de seus corações. Elas ainda são novas em sua fé e é nosso dever encaminhá-las a Cristo.
Uma boa maneira de auxiliá-las é pedindo que façam uma lista respondendo as seguintes perguntas (você também pode, no caso dos menores, acompanhar e ajudar na escrita da lista):
- Eu amo algo ou alguém mais do que eu amo Deus?
- Eu prefiro fazer alguma outra coisa ao invés de fazer as coisas de Deus?
- Existe algo que me deixa mais feliz do que quando faço algo para o Senhor?
- Quando estou triste, o que ou quem me anima?
- Quando estou feliz, o que passa na minha cabeça?
Na maioria das vezes, esses ídolos terão a forma de:
- Um cantor ou banda;
- Um jogo de videogame;
- Uma série, filme;
- Um ator ou atriz;
- Um passatempo.
Lidar com esse assunto quando falamos com os pequenos exige de nós cautela e muita disposição. Se você não sabe como fazer isso, peça a orientação do Senhor.
O caderno do coração
Outra maneira muito divertida e que envolve com facilidade as crianças quando o objetivo é identificar ídolos falsos é preparar, junto com elas, um “caderno do coração”.
A ideia é a seguinte: por cerca de cinco ou dez minutos ao dia – não os sobrecarregue com isso – uma ou duas noites por semana, peça que foquem em escrever em seu caderno do coração.
Nele, as crianças devem escrever como se sentem com relação às coisas de Deus, da igreja e com relação às pessoas que elas admiram e coisas que gostam de fazer. No entanto, preste atenção: você não deve ser rude ou brigar com elas caso não goste de algo que elas escreveram. Seu papel é orientar, não afastá-las.
Depois de ler o que elas escreveram, ao final de uma semana, procure por versículos bíblicos que possam explicar o quão perigosa é a relação da idolatria. O último passo é, definitivamente, orar com elas. Deixe-as livres para pensarem sobre o assunto e falarem o que precisarem para Deus.
A importância de manter o controle
Claro, queremos o melhor para nossos filhos. Mas, na ânsia de colocá-los no caminho correto, por vezes acabamos agindo de maneira errada, brigando, gritando e até mesmo castigando os pequenos, quando tudo o que eles precisavam era de aconselhamento e ajuda.
Por isso, lembre-se que você também já foi criança, já teve seus ídolos (e talvez ainda os tenha) e que o processo para se livrar deles e colocar o Senhor Jesus como único na nossa vida nem sempre é simples, ainda mais quando se tem uma fé jovem e imatura.
Você precisa entender que, se conseguir fazer as crianças confiarem em você a ponto de contarem com a sua ajuda para enfrentarem esse pecado, metade do caminho estará andado e você terá alcançado sua missão.
Então, seja paciente, amoroso e piedoso, assim como o Pai é com todos nós.
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