O Dia de Finados é uma festa antiga, que remete à igreja da era medieval. Seu objetivo é comemorar os mortos, por isso tantas pessoas costumam, nessa época, visitar lápide e sepulturas de entes queridos que já se foram.
Embora essa data faça parte do calendário nacional, sendo considerado até mesmo feriado, ela não é comemorada por toda a população. O motivo é simples: cada crença observa o Dia de Finados de maneira completamente diferente, de acordo com questões históricas.
E você, conhece o que há por trás desta data? Sabe as razões pelas quais ela é festejada por muitos? O que a Bíblia diz sobre ela? Venha saber mais sobre o assunto lendo nosso conteúdo completo a seguir!
Qual a origem do Dia de Finados?
Infelizmente, a origem exata do Dia de Finados ainda é desconhecida. No entanto, há dezenas de histórias que remetem à sua criação.
A Igreja Ortodoxa, por exemplo, acredita que a primeira comemoração do tipo ocorreu em 893, quando o imperador Leão VI (Leo, no latim) pediu que a igreja dedicasse um dia para a memória de sua falecida esposa. A igreja, por sua vez, negou o pedido, mas achou que seria de “bom-tom” separar a data para comemorar todas as almas dos cristãos já falecidos.
Certo, já temos uma boa ideia de como tudo começou. No entanto, você sabia que o Dia de Finados era, inicialmente, comemorado na época da Páscoa? Aliás, até hoje a Igreja Ortodoxa realiza as suas comemorações várias vezes ao ano, incluindo quatro delas durante a Quaresma.
Por outro lado, os católicos costumam celebrar este dia apenas em novembro, mais precisamente no dia 2. Entretanto, em muitos países, caso a data caia em um domingo, ela é automaticamente transferida para o dia seguinte, segunda-feira.
Os protestantes também comemoram o Dia de Finados?
Martinho Lutero, criador da Igreja Luterana, sempre desencorajou que os fiéis protestantes orassem pelos mortos.
No entanto, muitos países considerados majoritariamente evangélicos ainda utilizam a data para realizarem uma limpeza geral nos túmulos familiares, como é o caso dos Estados Unidos e do Canadá.
Mas, com o passar do tempo, a comemoração foi ficando de lado, sendo substituída, ou simplesmente ofuscada pelas festas de Halloween.
Como cada cristão enxerga o Dia de Finados?
Vamos deixar claro um ponto muito importante: o Dia de Finados é um feriado projetado e mantido, principalmente, pela Igreja Católica. O seu objetivo é, no geral, comemorar e orar pelos entes queridos que já partiram deste mundo.
Porém, pessoas de diferentes religiões também usam o feriado para fazer a manutenção de túmulos e lápides de entes queridos que já se foram.
Dessa forma, as diferentes ramificações do cristianismo enxergam a data de modos completamente opostos. Vamos analisar alguns deles:
Igreja Católica
Para os católicos romanos, o nome oficial da data, historicamente falando, não é apenas “Dia de Finados”, mas “Comemoração de Todos os Fiéis Falecidos”. A escolha pelo dia 2 de novembro se dá graças à proximidade com o “Dia de Todos os Santos”, que ocorre no dia 1 do mesmo mês.
Neste feriado, os católicos costumam rezar, celebrar missas, visitar os cemitérios e dar esmolas aos necessitados, tudo em memória daqueles que já partiram e, segundo eles, estão ainda presos no purgatório. O objetivo é que suas almas sejam finalmente libertadas e possam entrar no céu.
Vale lembrar que os demais dias de novembro também são dedicados às orações e preces pelos já falecidos.
Igreja Ortodoxa
Na época em que o Dia de Finados surgiu na Igreja Ortodoxa, ela era dedicada a celebrar os mártires cristãos. No entanto, com o tempo ela passou a incluir absolutamente todos os fiéis.
Protestantes
Algumas vertentes do protestantismo, como os Anglicanos, celebram o Dia de Finadas assim como os católicos o fazem. Mas, no geral, essa não é uma comemoração das igrejas evangélicas.
Isso porque, a data é vista como algo secular, ou simplesmente algo que não condiz com o que a Bíblia diz.
O que a Bíblia fala sobre essa data?
Resumidamente, podemos dizer que a Bíblia Sagrada ensina de maneira clara que esse não é um motivo para se comemorar. A razão é muito simples: segundo a Palavra de Deus, é inútil orar pelos que já se foram, pois eles já tiveram seu destino selado, estando no céu, com Cristo, ou no inferno.
Em suma, o ensino sobre o purgatório é totalmente antibíblico. Ou seja, tentar atrair o espírito dos mortos com presentes, comidas e ofertas pode até mesmo ser algo perigoso, pois as pessoas não se tornam fantasmas ou almas penadas após a morte.
O ponto é que cada um de nós possui apenas uma vida e somos responsáveis por como vivemos essa vida. Os outros podem até mesmo influenciar nossas escolhas, mas, em última análise, devemos prestar contas das escolhas que fazemos.
Ou seja, uma vez que a vida termina, não há mais escolhas a serem feitas; não temos escolha a não ser enfrentarmos o julgamento de Deus. As orações dos outros podem expressar seus desejos, mas não mudarão o resultado ou para onde nossa alma irá.
Assim, o momento de orar por uma pessoa é enquanto ela vive e ainda há a possibilidade de seu coração, atitudes e comportamento serem mudados.
Como cristãos, devemos entender que qualquer prática ou crença que não esteja escrita ou ordenada na Bíblia é considerada não bíblica. Existem muitas dessas chamadas “tradições” humanas que são consideradas como adoração em vão por Jesus Cristo, pois Ele citou o que Isaías disse:
Este povo me honra com os lábios, mas seu coração está longe de mim, e em vão me adoram, ensinando como doutrinas os mandamentos de homens
Mateus 15: 8 e 9
Assim, o que melhor que fazemos é ficar totalmente em silêncio quando a Bíblia está em silêncio, e falarmos quando a Bíblia fala. E, uma vez que a Bíblia silencia sobre comemorações voltadas para almas perdidas e purgatório, devemos definitivamente considerar não as incluir em nossas práticas.
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