Junto com o catolicismo, o protestantismo é um dos grandes ramos do cristianismo. O termo protestante é oriundo do Latim “protestari”, que quer dizer declaração pública/protesto. Foi exatamente isso que fez o monge agostiniano Martinho Lutero em 1517 ao repudiar algumas crenças da Igreja Católica tradicional. Para ele, os quinze séculos de existência teriam sido responsáveis por deturpar a mensagem do Evangelho e ele buscava, em contrapartida, redescobrir o Cristo soterrado pela tradição para que o genuíno senso do cristianismo não se perdesse.
Dessa forma, ele publicou as “95 Teses”, na qual contestou, entre outros dogmas, a venda de “um lugar no paraíso” por meio de indulgências e consagrou a Bíblia como um documento de livre interpretação por parte dos fiéis, já que até então ela era feita apenas em latim, língua conhecida predominantemente pelos padres e demais membros da Igreja. A ideia era tirar as escrituras sagradas do monopólio da Igreja sobre sua interpretação. Na visão do protestantismo qualquer cristão estaria apto a ler as Escrituras e tirar a delas o que quisesse.
deixando de lado as aspirações materiais e a pompa do clero, adquiridos com o passar dos anos. As ideias de Lutero foram um convite para o debate, inicialmente na comunidade acadêmica, trazendo a inédita ousadia de desafiar a autoridade da Igreja. Para eles, a autoridade máxima a ser seguida é “a Palavra de Deus” contida na Bíblia Sagrada.
Lutero também defendia que a salvação podia ser obtida por meio da bondade e compaixão de Deus e que, para que isso acontecesse, não era necessária a intercessão da Igreja, como pregava a fé católica. É por este motivo que nas igrejas de vocação protestantes não há representações de santos nem de Maria, mãe de Jesus. Além disso, a ideia de ter o Papa como único líder era veementemente recusada pelos protestantes, tanto que em 1530 Marinho Lutero é excomungado.
Com início na Alemanha, o movimento reformador espalhou-se rapidamente pela Europa. Chegou ao Brasil trazido pelos imigrantes holandeses em 1924. Atualmente, existem cerca de 593 milhões de protestantes no mundo, sendo que o país com maior número de seguidores é os Estados Unidos da América, que tem quase 163 milhões de protestantes.
Nomes como Jan Huss, João Calvino e John Wyclif faziam coro a Lutero nos questionamentos à Igreja. O protestantismo acabou ficando organizado em três ramos básicos: a luterana, a reformada (calvinista e Zwinglianos) e a anglicana. Aqui no Brasil, o termo “protestante” é comumente utilizado para se referir às Igrejas surgidas direta e contemporaneamente da Reforma Protestante (como a Luterana, a Presbiteriana, a Anglicana, a Metodista, e a Congregacional).
Em alguns países, especialmente no Brasil, a palavra “protestante”, que tinha uma conotação forte devido ao contexto histórico, foi substituída por “evangélico”, considerada mais positiva e universal. O termo é usado tanto para se referir às igrejas Luterana, Presbiteriana, Metodista e Congregacional quanto para as igrejas indiretamente e/ou posteriormente oriundas da reforma, como as pentecostais e as neopentecostais.
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