A teologia da prosperidade garante que o plano de Deus para o ser humano é fazê-lo feliz, abençoado, saudável, próspero, enfim, uma pessoa de sucesso.
E onde está a complexidade dessa declaração?
Sua complexidade reside justamente no fato de que, para essa teologia, só não é próspero financeiramente, só não é saudável e feliz nesta vida quem carece de fé, não cumpre o que a Bíblia diz a respeito das promessas divinas e estaria envolvido com o diabo – ou seja, quem está em pecado.
O que a Bíblia diz sobre isso?
A Bíblia diz que as bênçãos que Deus nos prometeu são espirituais, e não materiais:
“Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos abençoou com todas as bênçãos espirituais nas regiões celestiais em Cristo”
Efésios 1:3
Jesus disse que: “ninguém pode servir a dois senhores; pois odiará a um e amará o outro, ou se dedicará a um e desprezará o outro. Vocês não podem servir a Deus e ao Dinheiro”
Mateus 6:24
O Senhor nos ensinou que são os pagãos que ficam preocupados com as coisas materiais (Mateus 6:25-34). Mas os cristãos devem buscar em primeiro lugar na vida o Reino de Deus, e então Deus lhes acrescentará as coisas necessárias para a sobrevivência (Mateus 6:33).
O Grande Deus também afirmou que devemos dar mais importância aos tesouros espirituais:
“Não acumulem para vocês tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem destroem, e onde os ladrões arrombam e furtam. Mas acumulem para vocês tesouros no céu, onde a traça e a ferrugem não destroem, e onde os ladrões não arrombam nem furtam”
Mateus 6:19-20
Em 1 Timóteo 3:3, Paulo afirmou que um dos requisitos para ser pastor é não ser apegado ao dinheiro. E em Tito 1:7, o Apóstolo disse ainda que, por ser encarregado da obra de Deus, é necessário que o bispo/pastor não seja ávido por lucro desonesto; no versículo 11, ele disse que há alguns mestres insubordinados que precisam ser silenciados, pois estão arruinando famílias inteiras, ensinando coisas que não devem, e tudo por ganância.
“Eles afirmam que conhecem a Deus, mas por seus atos o negam; são detestáveis, desobedientes e desqualificados para qualquer boa obra”
Tito 1:16
O apóstolo Pedro advertiu que surgiriam falsos profetas cobiçosos que explorariam os cristãos:
“No passado surgiram falsos profetas no meio do povo, como também surgirão entre vocês falsos mestres. Estes introduzirão secretamente heresias destruidoras, chegando a negar o Soberano que os resgatou, trazendo sobre si mesmos repentina destruição. Muitos seguirão os caminhos vergonhosos desses homens, e por causa deles, será difamado o caminho da verdade. Em sua cobiça, tais mestres os explorarão com histórias que inventaram. Há muito tempo a sua condenação caíra sobre eles, e a sua destruição não tarda.”
2 Pedro 1:1-3
Quando tudo começou?
O Começo desse movimento pode ser baseado nos escritos do pregador de rádio e ministro metodista William Essek Kenyon (1867-1948). Ele escreveu cerca de 15 livros nos quais “enfatizam o poder das palavras proferidas com fé e a supremacia de uma assim chamada revelação sobre o conhecimento obtido pelos sentidos” (REID, 1990, p. 611). Para ele, a confissão da fé positiva coloca Deus em cena e induz sua ação.
As ideias de Kenyon influenciaram certo número de pregadores dentro do movimento pentecostal na década de 1960. O movimento cresceu rapidamente na década de 1970, em grande parte graças à promoção dos pregadores pela Trinity Broadcasting Network, fundada por Paul CrouchFGRE em 1973.
Kenneth Hagin é um dos mais conhecidos promotores dos ensinos da teologia da prosperidade.
É bastante curiosa a história a sobre como ele descobriu o seu “caminho” teológico: na manhã de 8 de agosto de 1934, ele enfrentava seu 16º ano como um inválido, confinado à cama por um problema incurável. Apesar das previsões de que podia morrer a qualquer hora, mesmo fraco, ele se agarrava à vida. De acordo com o que havia lido no Novo Testamento, ele tinha a crescente fé em que Deus “o levantaria da cama”. Mas nada acontecia, e ele acordava cada manhã para um novo dia de tédio e desesperança. Porém um dia, foi diferente, pois ele se voltou para o verso que tinha acendido sua fé: “Por isso vos digo que tudo o que pedirdes em oração, crede que o recebereis, e tê-lo-eis”. Então ele percebeu: “o ter vem depois do crer. Eu tenho que acreditar que minha paralisia se foi mesmo estando deitado de costas aqui, sem esperanças”. E assim ele fez. Só que, em vez de dizer que seria curado, ele declarou que já estava curado (HAGIN, 1972, p. 9-26). E uma voz lhe disse: “Você acredita que está curado. Mas se estiver realmente curado, então você deveria se levantar dessa cama”. Dois dias depois, ele chegou a dar grandes passos à mesa onde sua família tomava o café da manhã, curado pela evidência, em sua própria vida, do poder da fé.
A Graça e o que ela transmite;
Em termos gerais, o conceito teológico de Graça remete não a algo da realidade, um objeto ou o produto de uma ação. Significa, em última instância, o próprio Deus em sua boa disposição em relação aos homens. Em virtude disso, Graça, para os fins deste estudo, será compreendida como favor de Deus.
No Primeiro Testamento, essa expressão é usada para explicar a relação pessoal que Deus estabelece entre si mesmo e os seres humanos, na eleição de um povo para si, bem como sua salvação, única e simplesmente por obra de sua benevolência (cf. Dt 7.7-10; Ez 16.4ss).
As promessas de Deus;
Deus promete nos dar aquilo que precisamos para sobreviver. Ele ajuda a suprir as nossas necessidades, mesmo quando nossa situação financeira é difícil, mas não prometeu dar tudo que queremos e que não é necessário (Salmos 37:25-26). Deus também dá aos cristãos a capacidade de ajudar outras pessoas com bens materiais ou bênçãos espirituais (Atos dos Apóstolos 3:5-7; 2 Coríntios 9:1-15). Mas o Senhor nunca prometeu que seríamos ricos se depositássemos nossa fé em Seu Filho. Aqueles que amam o dinheiro são os que se preocupam com bens materiais. Você vai ouvir a voz do nosso Deus ou de qualquer estranho?
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1 comentário:
Amém